Com a chegada da Quaresma e a proximidade da Páscoa, o comércio de Dourados mantém expectativas positivas em relação às vendas no período, mesmo em meio às queixas de alguns consumidores sobre a crise financeira e os preços elevados neste ano. Alguns estabelecimentos na tarde desta terça-feira (20/2), onde já é possível perceber o aumento do movimento nessa primeira semana da Quaresma.
Há 38 anos no ramo do comércio de peixes e frutos do amar, o empresário Gildo Pimentel, conta que desde o início da Quaresma, que neste ano teve início no dia 14/2, o movimento já cresceu em sua peixaria e a expectativa é positiva para o período, principalmente na Semana Santa (que será de 24 a 30/3).
“Já deu para sentir a diferença desde o início da Quaresma. Mas esperamos que o resultado seja parecido com o do ano passado, até porque são poucos dias e quem já tem o costume de consumir peixe nesse período vai comprar, independente do momento financeiro. A expectativa é positiva e deve aumentar o movimento na Semana Santa”, afirma.
O movimento também está aquecido nos supermercados da cidade, onde alguns além de montar as ilhas de peixes para o período, já estão de olho nas vendas da Páscoa (31/3).
Gerente em um supermercado na região da Vila Helena, Kelcy Dayane, conta que em 2024 o estabelecimento já se adiantou nos preparativos para as vendas e iniciou a exposição dos ovos e chocolates.
“No ano anterior o movimento foi bom e, desta vez, queremos superar as vendas. Nossa expectativa é positiva, tanto que já estamos com a ilha de peixes montada para os clientes e também adiantamos os preparativos da páscoa, começamos a exposição dos primeiros produtos que chegaram para nós e nos próximos dias vamos aumentar com os dos outros fornecedores”, ressalta.
A aposentada Vera Lúcia, moradora do Jardim Água Boa, já está de olhos nos preços e esperando as promoções.
Mesmo com a intenção de compra, ela afirma que neste ano vai reduzir a quantidade dos chocolates de presente.
“Olha, sinceramente, eu achei que os Ovos de Páscoa estão bem caros este ano, eu vou deixar para comprar mais perto [da Páscoa] porque deve ter promoção, mas vou comprar só para os netos mesmo, que não dá pra deixar sem”, conta.
Apesar do cenário econômico desafiador, os comerciantes da cidade estão otimistas e acreditam que as vendas durante o período devem superar os números registrados no mesmo período do ano anterior, cerca de 15%, como contam alguns dos entrevistado.
A expectativa é que, mesmo com a crise econômica, os consumidores busquem manter as tradições e presentear os familiares.