Com intuito de retirar e impedir entrada de aparelhos de celular em presídios, a Polícia Penal de Mato Grosso do Sul, realizou a 2ª Fase da Operação Mute. A ação integrada foi promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
A operação desencadeada em todo país, entre os dias 11 e 12 de dezembro, visa identificar e retirar celulares em unidades prisionais como forma de cortar a comunicação do crime organizado e deste modo reduzir os índices de violência no âmbito nacional.
As vistorias foram realizadas no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, de segurança máxima, em Campo Grande. O trabalho foi coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp).
Um dos primeiros passos foi interromper a comunicação com uso de tecnologia que "embaralha" o sinal do aparelho de celular. Na sequência, os agentes revistaram cela por cela em todos os pavilhões. Neste meio tempo o Comando de Operações Penitenciárias (Cope) ficou a cargo de manter a ordem entre os encarcerados.
Conforme divulgado, os celulares são as ferramentas utilizadas pelo crime organizado para dar os comandos para e manter a criminalidade e violência nas ruas. O diretor-presidente da Agepen, Rodrihgo Rossi Maiorchini explicou que essa outra fase da Operação Mute têm como objetivo ampliar os resultados já alcançados.
“Nossa dedicação à Operação Mute reflete nosso compromisso em garantir um sistema penitenciário mais controlado, reduzindo a influência da criminalidade e protegendo a sociedade”, pontua.
Essa é a maior operação realizada pela Senappen em se tratando de combate ao crime organizado, pelo número de Estados que participaram, quantitativo de policiais penais, federais e estaduais envolvidos nas unidades prisionais.
“Essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. Por isso, a Senappen está dedicando esforços juntamente com as administrações penitenciárias dos estados e do Distrito Federal para o desenvolvimento de ações que fortaleçam o sistema penal, bem como ações para combater todas formas de ilícitos”, destaca o secretário Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, sobre os celulares no crime.
Em outubro de 2023, Mato Grosso do Sul deflagrou a primeira fase da operação que resultou na apreensão de 187 celulares, tendo sido vistoriados sete presídios da Capital e interior. Estiveram envolvidos 161 policiais penais, com a coordenação da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário e Diretoria de Operações da Agepen. Além disso, durante ação percebeu-se a necessidade da transferência de 16 internos.
1.166 aparelhos celulares
Um revólver
Armas brancas e
Substâncias análogas a entorpecentes
A revista geral ocorreu em 68 penitenciárias, de 26 estados. Ao todo, foram movimentados 55.919 presos.
“Lembramos o grande potencial que cada celular apreendido significa no enfraquecimento das redes de atuação do crime organizado, uma vez que essa comunicação externa é vital à manutenção da cadeia de comando das facções. Então, quando nós apreendemos, num período curto, 1.166 celulares, isso significa que também é uma diretriz perene, permanente”, afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sobre a Operação Mute.