Os 79 filhotes de papagaios resgatados pela Polícia Militar Ambiental (PMA) de Batayporã foram levados para receber atendimento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande.
O resgate ocorreu durante uma ação da PMA, no domingo (17), durante a barreira montada entre as rodovias MS-743 e MS-141, no município de Nova Andradina. No veículo seguiam um homem de 49 anos, e a companheira de 59 anos. Segundo informações do Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC), o casal mora em Mirante do Paranapanema (PR).
Segundo informaram aos policiais, o casal pegou os filhotes de um terceiro que não souberam informar o nome em Angélica, pelo valor de R$ 10 mil reais. Eles seriam levados até Presidente Venceslau (SP) e pelo transporte receberiam pelo R$ 13 mil reais.
Os filhotes estavam em uma caixa de madeira que media 12 centímetros de altura, 46 centímetros de largura e 1,25 de comprimento. A caixa estava escondida embaixo da capa do banco traseiro.
O casal foi preso em flagrante e multado em R$ 395 mil, sendo cinco mil por cada filhote.
Espécie em extinção
A coordenadora do CRAS, Aline Duarte, explicou para o correio do estado que animais silvestres vítimas de tráfico chegam geralmente debilitados. Eles passaram por atendimento médico veterinário que implicam em alimentação, hidratação e retirada de ectoparasitas.
Crédito: SEMADESCOs filhotes têm entre 30 e 60 dias e irão ficar em uma sala especial durante o período em que dependem de cuidados para se alimentar.
"Todos chegaram vivos. E o trabalho agora é esse [os filhotes] são totalmente dependentes e eles recebem alimentação adequada no mínimo três vezes aos dias. E ficam nesse processo por alguns meses. Até nascerem as penas e eles conseguirem se alimentar sozinhos e irem para um recinto. Depois de um tempo eles vão para um recinto maior treinar voo até chegar o momento de chegar a soltura", explica.
Em conversa a Capitã Thamara Moura, Assessora de Comunicação do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, explicou que esse tipo de crime causa grande prejuízo para a fauna, já que as aves desempenham um biológico na natureza. Além disso, o tráfico de animais silvestres ocasionam em morte de muitos filhotes.
"Fica o alerta tanto para quem transporta os animais silvestres como quem recebe e quem adquire e tem em cativeiro sem autorização ambiental está cometendo crime", ressalta a agente.
Em 2022, segundo a Polícia Militar Ambiental, não houve apreensões A apreensão que ocorreu ontem foi a primeira do ano de 2023.