O projeto inicial, feito em 2011, previa que a revitalização seria feita da Rua Santa Adélia até a Avenida Campestre, trecho em que a Avenida Ernesto Geisel tem o nome de Thyrson de Almeida e que totaliza 7,5 quilômetros.
No entanto, em 2017, o ex-prefeito Marquinhos Trad reduziu o escopo das melhorias, prevendo mudanças apenas até a Avenida Manoel da Costa Lima, totalizando 2,6 km.
A licitação lançada compreendia o trecho da Rua Santa Adélia até a Rua do Aquário, porém, seis anos depois, a obra ainda não foi concluída, em razão de atrasos nos repasses do governo federal e também porque uma das empresas vencedoras, a Dreno Engenharia, desistiu da obra.
A relicitação do trecho entre as ruas Bom Sucesso e da Abolição foi publicada pela prefeitura em julho deste ano, e as empreiteiras têm até o dia 29 deste mês para apresentarem propostas.
Sobre o novo trecho a ser contemplado pelo PAC, nem a Prefeitura de Campo Grande e nem o governo federal conseguiram confirmar qual seria o trecho previsto para esta etapa e o valor que deveria ser realmente destinado ao município.
Porém, o anúncio deverá contemplar trecho localizado em frente ao Ginásio Avelino dos Reis, o Guanandizão, onde há 15 anos a erosão derrubou parte da pista da avenida.
Revitalização
A obra de contenção de enchentes no Rio Anhanduí contemplará a construção de paredões de gabião com até 9 metros de altura, para proteger as margens da erosão e evitar o transbordamento do rio.
Além disso, a Avenida Ernesto Geisel receberá drenagem, ciclovia, urbanização e recapeamento das duas pistas.
Cabaça e areais
Além da Avenida Ernesto Geisel, o governo federal também anunciou recursos para obras de contenção de enchentes no complexo dos córregos Cabaça e Areias.
A revitalização dessa região já estava prevista no PAC 1, porém, na época, em 2010, a prefeitura havia afirmado que concluiria este trecho com recursos próprios.
A reportagem esteve na região e verificou que a área ainda necessita de intervenções.
Habitação
Na distribuição do montante de R$ 1,8 bilhão de recurso do governo federal também há previsão de construção de novas unidades habitacionais em todo o Estado.
Ao todo, são 60 municípios contemplados, entre eles, Campo Grande, onde consta que serão 86 novas unidades, nas faixas 1, 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida, além da conclusão de habitações.
Assim como no caso das obras de contenção de enchentes, a prefeitura da Capital não soube informar onde e nem quais seriam esses projetos, já que o número de habitações anunciado é inferior ao solicitado pelo município.
PAC
O Programa de Aceleração do Crescimento também prevê outra obra importante, a retomada e conclusão de obras de escolas municipais de Educação Infantil (Emeis) que estão paralisadas em Campo Grande.
Atualmente, segundo matéria publicada pelo Correio do Estado em junho deste ano, a Capital tem 11 obras de Emeis paradas e duas de escolas municipais.
O governo federal, no entanto, não confirmou quantas dessas unidades deverão efetivamente ser retomadas.
O PAC também promete obras no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian e a conclusão do setor de radioterapia no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, assim como a ampliação da capacidade do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A Capital também receberá recursos para cultura e pesquisa.