Com o objetivo de nutrir a agricultura familiar e promover a transformação local, um projeto de agroecologia tem promovido mudanças em Dourados. Cerca de 40 pessoas puderam entender a agricultura por uma perspectiva ecológica e agora podem disseminar a importância dessa técnica.
Os encontros promovidos durante o projeto resultaram em conversas, formações e expedições para resgatar saberes, conhecer a realidade local e co-criar práticas inovadoras de agricultura urbana e rural. Além de dar visibilidade para construir uma rede de agroecologia no município.
Com isso, os participantes puderam aprender sobre ação coletiva na comunidade; fortalecimento de iniciativas e redes locais; e para finalizar produziram uma exposição fotográfica, com imagens capturadas durante as intervenções.
De acordo com a facilitadora da jornada, Heblisa Mello, o grupo percebeu que existem muitos pontos de carência alimentar e vulnerabilidade social na comunidade local, em um Estado que privilegia a monocultura [cultivo de um único produto agrícola, realizado, geralmente, em latifúndios].
"A agroecologia olha exatamente para o contrário: que você não precisa investir recurso em produtos químicos para que você produza alimentos saudáveis", neste sentido ela reforça que o foco é pensar na sustentabilidade alimentar e na produção em comunidade.
Em um dos módulos, o grupo decidiu apoiar a construção de um quintal agroecológico na Escola Estadual Vereador Moacir Djalma Barros. Com isso, os alunos participam da manutenção e já estão usando os produtos cultivados na merenda escolar.
"Boa parte da turma impactada são adolescentes, isso traz uma contribuição para visão de futuro deles, até em relação a própria alimentação", enfatizou a facilitadora.
Para concluir a jornada, o grupo está promovendo a exposição fotográfica "Territórios da Agricultura", na Praça da Juventude, localizada no Parque das Nações, das 9 às 17 horas, até este sábado, dia 19 de novembro. A entrada é aberta ao público e gratuita.