SEGUNDA FEIRA, 21 DE ABRIL DE 2025

Força-tarefa se junta em combate a incêndio na Serra do Amolar


Equipe de brigadistas do Instituto Homem Pantaneiro (IHP); da Brigada Alto Pantanal; militares do exército e Corpo de Bombeiros atuam desde domingo (06).
Região dificulta o trabalho de combatentes

Desde domingo (06), um grupo composto por equipe de brigadistas do Instituto Homem Pantaneiro (IHP); da Brigada Alto Pantanal; militares do exército e Corpo de Bombeiros atuam na Serra do Amolar, em combate a um incêndio que estava fora de controle, próximo à Aldeia Indígena Guató.

Vale ressaltar que, como trata-se de risco à um Terra Indígena, a Fundação Nacional do Índio (Funai) foi comunicada da situação. 

Em uma região isolada, a 300 km de Corumbá por água, o fogo próximo da Aldeira Indígena Guató compreende uma região entre a Baia Gaíva e Uberaba. 

Ainda no fim da tarde de ontem, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul iniciou trajeto por água, com previsão de oito horas de duração até chegar no local para acompanhamento, controle e combate da situação. 

Decolando do Aeroporto Internacional de Corumbá às 08h34 da manhã de hoje (07) - tripulada pelo Coronel Rolon e Capitão Frotté -, com uma capacidade para transportar até três mil litros de água, a aeronave demora cerca de 40 minutos até chegar na região. 

Ameaça à vida

Desde o primeiro momento, a vida dos moradores locais (a comunidade indígena e cerca de 47 famílias que moram na região) tem sido a maior preocupação, já que ontem (06) o incêndio foi relatado como fora de controle. 

Conforme o Corpo de Bombeiros, é preciso uma análise aprofundada da situação, para que medidas como a remoção dessas pessoas para áreas seguras sejam tomadas, aponta a Aspirante Maria Ester, do CBMMS. 

Toda essa força-tarefa foi possível de ser mobilizada com rapidez, graças ao emprego das  câmeras de monitoramento do fogo, por meio de um trabalho de  controle preventivo por georreferenciamento realizado com apoio do IHP. 

Também, brigadistas do Instituto Homem Pantaneiro ressaltam que, o combate ao fogo no domingo (06) foi sem sucesso, devido ao difícil acesso à alguns focos do incêndio, afirma o gerente de áreas de proteção do IHP, Geovani Tonolli 

Aeronave do CBMMS deixou aeroporto de Corumbá por volta de 08h34. Foto: Divulgação

O próprio comandante da operação, Major Fábio Pereira de Lima, aponta para a importância do combate rápido e efetivo, que se dá pela presença constante de militares na região. 

Ele atribui o sucesso também ao uso da tecnologia de georreferenciamento, "a qual proporciona maior precisão em relação à localização e extensão dos focos de incêndio, contribuindo para a melhor gestão dos recursos disponíveis para emprego no combate, bem como o direcionamento dos esforços do comando da Corporação na área de incêndios florestais", pontua. 

Na manhã de hoje (07), brigadistas do IHP revelaram que seguem no trabalho de monitoramento, e que as forças complementares devem auxiliar para extinguir o problema o quanto antes. 

"Nossa preocupação neste momento é com as comunidades indígenas, casas que estão às margens dos rios, para que o fogo não possa alcançar", finaliza Geovani Tonolli.


Fonte: https://correiodoestado.com.br